quinta-feira, 15 de abril de 2010

Retomando as atividades

Puxa, o blog tava tão sózinho...
Voltamos agora, na tentativa de reativá-lo.
Agora sentindo na pele a natureza e gerando um pouco de diversidade, com uma vida surgindo dentro de mim, se preparando para chegar nesse mundo tão lindo e complexo..
Às vezes eu acordo pensando no milagre que é cada uma dessas pessoas que a gente vê passando por aí, foi gerada e nasceu da barriga de uma mulher!! E eu aqui, gerando mais um, fazendo parte do milagre.
Saudações à vida!! Tão complexa e apaixonante!!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Oficina no VI Fórum de EA



Amigos,

É com imensa satisfação que informo a vocês que nossa oficina (minha e do Léo) no VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental foi aprovada!
O título da oficina é "Reflexões sobre educação ambiental e transformação de valores através da prática do origami".
Já é a terceira vez que damos a oficina de educação ambiental e origami em eventos de EA, em cada uma delas desenvolvemos novos conteúdos e práticas. Além de dinâmicas envolvendo a confecção das dobraduras, trabalhamos também com contação de histórias, rodas de conversas, e novidades que pintam em cima da hora, sempre trabalhando em conjunto com o grupo de participantes.
Depois posto as fotografias aqui e conto como foi!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Começar por mim



Tenho refletido há muito tempo sobre como fazer para mudar - algo bem pouco pretensioso - mudar o mundo...
Quando iniciei minha carreira como bióloga na educação ambiental, ainda na graduação, acreditava que deveria trabalhar com as crianças, e mudar hábitos, inclusive os meus próprios. Então mudei bastante coisa, fui morar em uma casinha em um local afastado, bem próximo à natureza, parei de comer carne, comecei a usar a bicicleta como meio de transporte, a fazer o meu próprio pão, e todas essas coisas.
Depois, em contato com vários tipos de pessoas , ouvindo várias críticas, comecei a considerar que minha visão era muito ingênua, que a gente deveria reivindicar a elaboração de políticas públicas, que a mudança viria de uma transformação de toda a sociedade, não de meia dúzia de bichos grilo. Então endureci, parei de ver sentido nas transformações individuais, achei que deveríamos ser todos revolucionários como aqueles da época da ditadura, lutar pelos nossos direitos...
Mas hoje, depois de ter sofrido um tanto por me perceber a deriva, indo junto com a correnteza, quase igual a tudo aquilo que não concordo, volto atrás. E acho que sim, tudo que tem verdade vem de dentro, começa em cada um, e só aceitando a mudança em si é que podemos ter voz para lutar, e dar o exemplo, de que outra forma de compreender e se relacionar com o mundo é possível.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

VI Fórum de EA - RJ - julho/2009


Vem aí o VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, evento em âmbito nacional, promovido pela Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA), coletivo que reúne mais de 40 redes de educação ambiental e educadores ambientais do país.

O evento acontecerá de 22 a 25 de julho deste ano no campus da Praia Vermelha, da UFRJ. O endereço da universidade é Avenida Pasteur, 250, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro/RJ.

O Coordenador do VI Fórum, o educador ambiental Declev Dib-Ferreira, estima a participação de mais de 5 mil participantes inscritos.

Acontecerão, durante os 4 dias, cerca de 80 minicursos e oficinas, 10 mesas-redondas, 20 Jornadas Temáticas, Encontros paralelos, lançamentos de livros, show musicais, festivais de cinemas, apresentação de pôsteres, entre outros.

Responsável pela organização da programação, construída coletivamente com os membros da Rebea, a educadora Jacqueline Guerreiro informa que este fórum terá algumas atrações extras, como o Espaço Ecumênico, o Espaço Semente e a presença de todas as Redes componentes da REBEA.

O Fórum também se configurará como um espaço de diálogo entre a REBEA e demais redes ambientais, como a Rede Brasileira de Agendas 21 Locais (REBAL), Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA) e a Rede de Salas Verdes.

Todos os informes, inscrições, valores, inscrição de trabalhos podem ser feitos no site do evento, que será muito mais que um espaço de divulgação de informação, mas um espaço interativo, de discussões, trocas e permanente construção em prol da qualidade da educação ambiental brasileira.

A Secretaria Executiva do evento está sob a responsabilidade do Instituto Baía de Guanabara (IBG) e maiores informações podem ser conseguidas através do site http://forumearebea.org ou do email viforum@baiadeguanabara.org.br.

Os prazos e os valores do VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental podem ser encontrados no link: http://forumearebea.org/valores-e-prazos-das-inscricoes-do-vi-forum-brasileiro-de-educacao-ambiental/
Estão abertas no momento as inscrições para oferecimento de minicursos e oficinas e para os resumos dos posteres, através do site: http://www.rebeainscricoes.org/

domingo, 26 de abril de 2009

Olhares

Atualmente muito se valoriza dos conhecimentos relacionados a atividades econômicas típicas da sociedade urbano-industrial, e os conhecimentos relativos ao ambiente, principalmente aqueles construídos através da vivência empírica, são considerados conhecimento antigos, sem valor na luta pela sobrevivência no mundo capitalista. Dessa forma um jovem, com conhecimentos em informática ou administração é mais valorizado que um idoso (ou até mesmo outro jovem, com interesse em conhecer e valorizar sua cultura) com toda sua gama de conhecimentos construídos sobre o solo, como cultivar vegetais e cuidar de animais em um determinado ambiente, como construir canoas e redes de pesca.
Não pretendo defender a idéia de um retorno ao passado, mesmo porque tal passado trazia uma série de dificuldades e desconfortos que a vida moderna pode contornar através dos avanços da ciência e da tecnologia. Porém ao relegar o conhecimento construído em um passado cuja aproximação com a natureza fazia parte do cotidiano a um nível inferior, corremos o risco de corroborar com o distanciamento da relação ser humano/natureza. A natureza passa a ser vista pela população urbana como algo externo, e o discurso ambiental só é compreendido no que tange às nossas necessidades básicas diretas, ou seja, a qualidade do ar, da água, e de forma mais longínqua e indireta, talvez a produção de alimento, assunto deixado na mão dos agricultores, lá no meio rural. Quanto a tão falada biodiversidade, o slogan é “vamos salvar a Amazônia”, os outros biomas, mesmo os locais, que nas cidades foram substituídos por asfalto, construções e jardins (em sua grande maioria compostos por espécies exóticas), são meros assuntos das aulas de geografia.
Assim, ao trafegar pela BR 101 e ver os fragmentos de Mata Atlântica, cobertos por mata secundária, mas de qualquer modo exuberante, a grande maioria das pessoas não é capaz de distinguir uma espécie sequer, nem as mais comuns, como guarapuvus ou manacás, mas muitas são as pessoas que sabem de longe a marca de um carro, ou reconhecer um ator da Globo. Por que? Porque isso não é valorizado, reconhecer a nossa flora, uma das mais ricas do mundo, não é valorizado. Ser brasileiro é gostar de samba e futebol, quem sabe reconhecer um Pau Brasil? E o Pelé? Agora sei que muitos reconhecem um álamo, a árvore símbolo do Canadá, por quê?
Alguns podem dizer que isso é assunto de biólogo, eu concordo que as pessoas não precisam saber o nome científico, ou as famílias botânicas, mas acredito que a maioria das pessoas saiba que uma rosa é uma rosa, então qual a dificuldade em saber reconhecer pelo menos meia dúzia das árvores mais comuns da sua região?
Voltando ao assunto do início, quando a vida dependia do ambiente natural, ou como ainda acontece em muitas áreas rurais, a natureza tinha nome, porque tinha importância. Agora a natureza é árvore, planta, bicho, mato... Tudo a mesma coisa... E qual a importância de saber dar nome a esses seres que estão à nossa volta? E aqui eu me posiciono em favor da valorização, não defendendo o slogan “Conhecer para preservar”, mesmo porque sabemos hoje que muitas vezes a própria ciência colaborou com o “conhecer para explorar, conhecer para destruir”, mas à valorização no sentido de dirigir o olhar, dirigir a atenção. Se eu vejo aquela árvore na minha rua, passo todos os dias por ela, um dia descubro que é uma quaresmeira, continuo passando e sempre vejo a quaresmeira, agora posso conversas com as outras pessoas – você viu, a quaresmeira da minha rua está em flor! Passo por outros lugares, e vejo outras, que atraem o meu olhar, e assim as quaresmeiras passam a fazer parte ativa da minha vida, não passam mais como cenário, passivo. E dessa forma a natureza a minha volta passa a ter importância, passa a existir como seres, ainda por cima VIVOS, e seus ciclos passam a dar mais sentido à nossa vida.


Para quem não conhece, apresento-lhes o Pau-Brasil:

Primeiras palavras

Olá a todos!

Já faz algum tempo que tenho vontade de dividir idéias, pensamentos, reflexões, sobre meio ambiente e educação. Às vezes quase fundo minha mente pensando em como fazer para despertar uma consciência ecológica baseada em sentimentos profundos de amor pela vida, que façam com que as pessoas olhem para a Natureza de forma diferente. E agora resolvi tentar usar essa ferramenta, tão poderosa, que é a internet.
O objetivo desse blog é a troca de idéias, todos estão convidados a participar, a dar suas opiniões, e conduzir o caminho das conversas aqui propostas, buscando uma linguagem simples, acessível a todos, e praticando desde já novas formas de relacionamento, pautadas no respeito mútuo e valorização das individualidades para formar um coletivo forte, diversificado, mas em busca de um bem comum.
Agradeço a todos as visitas e participações...
Com carinho,

Elisa Serena